Nome Próprio? (às vezes)

Gostava de ter sido ela a escolher o seu próprio nome. Um daqueles que diz tudo: sinónimo de poder, a cheirar a doçura. Este que lhe deram não condiz consigo, sempre foi pedra no sapato. Demorou até conseguir articulá-lo, custou muito a saltar da ponta do lápis de carvão que firmemente segurava com os seus dedos rechonchudos…
Nunca soube de onde veio a ideia de lho terem dado. Sempre que fala nisso, por perto, está alguém cujo nome é fruto de engano, do conservador que era meio surdo, do pai que se esqueceu do recado, ou simplesmente porque lhe trocaram uma letra. O dela não, é mesmo assim.
O nome faz-se ao corpo, cola-se ao rosto, encosta-se à imagem. O dela também. Título de uma vida, rótulo sonoro, etiqueta perene. É dela e pronto, vai-se acostumando.
Há quem a trate por um diminutivo, mas os documentos não a conhecem assim, na papelada vem tudo direitinho, como não devia ser…
Hoje, porém já quase não pensa nisso. Não vai à escola, os papéis estão guardados, mal precisa deles e os amigos não lho fazem lembrar. É mãe, já é avó. As filhas cresceram, estão longe. Os netos nasceram, nunca os viu. É a distância que o impede e então ocupa os seus pensamentos com a saudade…
Vai visitá-los agora.
Não, não pode! Há documentos a renovar e os que tem não coincidem com uma certidão de nascimento que trouxe de Angola em 75.
A cédula que possui foi tratada em tempo e local de guerra, num quartel do MPLA que não soube guardar a informação e lhe baralhou o nome. Lá onde só se viam mutilados e olhares de ódio e se ouviam tiros de cá e de lá.
Não era esse O NOME de que não gostava. O apelido nunca lhe falou…nem da sua história. Mas é esse agora que lhe troca as voltas da vida. Alguém lhe acrescentou uma letra e a tornou ninguém. Precisa de outra certidão. Não vai a Angola. Sim, tem lá irmãos. Nunca os viu. Nunca falou com eles. Não se conhecem. Familiares desconhecidos apenas.
Da embaixada vai para casa, daqui para o SEF, telefona para a filha. Que tenha paciência! Que tudo se resolve…
Passaram meses, passou a vida inteira até que ver o seu nome escrito, inteiro, direitinho, como deve ser, lhe dá a felicidade de assumir quem é, com o nome, agora tão próprio, que tem.

Farta, fartinha...

...de esperar pelo resultado do concurso de docentes!!!!! Há duas semanas que é p´ra amanhã...

Flores

Sabe tão bem recebê-las...
De uma aluna:

Finalista

O meu menino está mesmo muito crescido e até é finalista!
Por esta hora está em Góis a divertir-se, espero, na sua viagem de finalistas (a mais longa dos próximos anos...)
4 dias a acampar com coleguinhas e as monitoras do ATL, que se entregam, de alma e coração, para que tudo corra bem.
"Estou ansioso, mamã!" Dizia ele na noite de véspera. Foi difícil adormecer com a antecipação imaginada do que viria a ser esta aventura.

Mais um Desafio - caça ao erro

"I live in the advice of Oeiras."

Pedagogia do Erro: Desafio aos Leitores

E que tal um desafio?
Reflictam no erro e expliquem o raciocínio de quem o escreveu!

" I usually seen jeans and a T-shirt and when it is colder a jacket too."

Dia de Portugal, de Camões e das ....

Tios e primos vêm cá jantar hoje. Já estava combinado que seria uma sardinhada.
Hoje de manhã propus aos miúdos que se desse tema ao jantar: o dia de hoje: Portugal e Camões. O Francisco disse logo que queria ser Camões, preparou o seu próprio Lusíadas e procurou a pala de pirata. Decidi completar e ficou assim:






A mesa está pronta, adornada com um manjerico ao centro em cima de um lenço de Viana. Menu principal: sardinhas com salada, broa, sobremesa arroz-doce enfeitado para a ocasião. A bela sangria a regar...
O Francisco está super entusiasmado e estamos curiosos para ver o que a famelga traz.

Novidades de Berlim

Já veio o programa e promete!
Já recebi a lista de participantes: imaginem, além das vulgares nacionalidades europeias e americanas (USA e Brasil) há professores do Japão!!!!! do Irão!!!!!, dos Emirados Árabes Unidos!!!!!!! e até da Chechénia!!!!!!
Estou curiosa...

Em breve... Berlim

Este ano concorri outra vez a uma bolsa. Desta vez pelo Goethe Institut (GI), só para professores de alemão. Consegui!!!!!! Em Julho, lá vou eu para Berlim duas semanas.
Fiquei muito contente, até porque esta era a minha primeira escolha. Queria muito conhecer Berlim por dentro. Estive lá há 10 anos, mas foi a correr e só deu para espreitar, além disso, a cidade estava a meio de uma grande transformação. Fazia então 10 anos que o Muro caíra e chamavam-lhe estaleiro, pelo volume de obras que ali decorriam. Agora é a grande cidade europeia mas continua a ostentar calmos e maravilhosos espaços verdes à beira do Spree.
Os Seminários no GI são sempre muito profícuos. Aprende-se imenso, conhecem-se e visitam-se muitos lugares e também costumam ser muito completos, no que refere a programas culturais. Quando estive em Dresden, em 1999, depois em Munique em 2004 trabalhei bastante, tive pouco tempo livre, mas valeu mesmo a pena.
Aguardo novidades de Berlim ou de Munique (a central do GI é lá).

sensação... esperança... certezas... desespero

Tenho a sensação de que não consigo ver nem mais um teste...
Cada um que começo, tenho a esperança de que seja o último...
'Tou que nem posso., disso tenho a certeza!
Outra certeza: ainda faltam os portfolios... NNNÃAAAAAAAAOOOOOOOOO!

Dia da Criança

A mesa posta na rua fez parte da surpresa, é que este ano ainda não a tinhamos posto. Depois seguiu-se pizza e um jogo de pistas, que os levou à surpresa final. Uma toca de mimos!