domingo, 4 de julho de 2010

Para Fátima: o último dia

A etapa final apresentava-se fácil e a vontade de chegar fazia esquecer as dificuldades.
Mal dormi na última noite (houve razões adicionais ao cansaço que não me deixaram descansar).
Eram 4 da manhã e resolvi levantar-me. As dores musculares foram suficientes para me obrigar a isso. Fui rezar o terço...
Pusemo-nos ao caminho com muito ânimo e agora tinhamos a companhia do Francisco que se juntou a nós e se portou muito bem!
Tenho como melhor memória o começar a ouvir os sinos da Basílica e o entoar dos cânticos vindos do Santuário. Deviam faltar 2-3Km e deixámo-nos puxar pelo som. Acelerámos e andámos a um ritmo alucinante, pois havia que chegar para a Missa dos Peregrinos.
Ao virar de uma curva demos com a torre da Basílica e foi uma explosão de alegria. Abraçámo-nos e vivemos intensamente o momento que era muito emotivo!


A satisfação era tal que tinhamos vontade de continuar para Santiago... senti saudades dos outros assim que me separei deles... o passarmos tanto tempo em grupo, o partilharmos tantas coisas, entre elas momentos muito intensos, cria laços fortes.

2 comentários:

Jabas disse...

a primeira foto, define bem o local que se enganaram. Não é suposto fazer essa estrada. Apenas a atravessamos.

Anónimo disse...

Quando cheguei ao Santuário, apenas com parte do grupo, senti uma enorme tristeza, frustração e até alguma revolta por não ter conseguido chegar lá a pé e com o resto dos peregrinos. Com o avançar da Eucaristia e com a vossa chegada essa tristeza foi-se transformando numa grande paz interior. Percebi que devemos aceitar os nossos limites e perceber os dos outros. Esta peregrinação foi uma grande lição para mim. Obrigada querida Mãe!
Cristina Alvarenga