Todos procuram o melhor posto para o admirar. Qualquer berma da estrada é fantática para fazer o picnic de fim de ano, desde que a vista seja suficientemente abrangente para os céus, palco de danças luminosas.
Não foi o meu caso!(a parte da berma. Encontrava-me em local de vista privilegiada...)
Só a paisagem nocturna já é arrebatadora. Ver todo o anfiteatro do Funchal especialmente iluminado para a época, em contraste com o mar escuro lá no fundo encanta os olhos. E toda a noite se podem distinguir lá no alto efémeras luzes coloridas que vão explodindo aqui e ali e por todo o lado.
À meia noite começa o espectáculo. Um recital de luz e cor que, de tão grandioso, nos preenche e absorve. Senti-me parte de tudo, em comunhão perfeita. As emoções da meia noite já são por si muito peculiares e aqueles 10 minutos são quase de extâse. O som estridente das explosões incita-nos e abafa os nossos próprios gritos, estimulando-os ainda mais. Gritei, gritei, gritei durante, talvez o primeiro minuto, depois deixei-me ofuscar.
Lembro a emoção, o deslumbramento daquele feitiço breve. A fugacidade mal se capta em fotografias, quando não se pretende perder pitada, preferi então não desperdiçá-la com tentativas, de certo vãs. Há sempre alguém mais capaz... aqui está:
3 comentários:
Bem... E eu que afirmava que o fogo de artifício na Nazaré tinha sido giro!!!! Perdoem-me!
Que imagens fantásticas, assim como, a descrição que as acompanha, claro! Não tivesses tu a habilidade de fotografar e pintar através das palavras!...
Olá, e eu que me fiquei por Fátima e muito nevoeiro estava.
E eu que me fiquei por Fátima, muito nevoeiro...
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