20 anos!

É-me muito querido este momento histórico que acompanhei no fim dos anos 80 e início dos 90.Foi um acontecimento que vivi e tenho vindo a seguir.
Quando entrei na faculdade tudo se preparava para acontecer e, por obrigação, seguia a imprensa alemã. Comprava a Die Stern ou a Der Spiegel que nos davam conta do que se passava por lá. (lembro que não tinha net, né?)
Passei o mês de Agosto de 91 na Alemanha, altura em que a reunificação ainda não tinha um ano, a capital da Alemanha ainda era Bona e vivia-se uma alegria ainda insegura, com alguma desconfiança.
Passei algum tempo em Dresden (cidade de Leste) e estive em Berlim em 99, a queda do muro fazia 10 anos e passei por baixo das Portas de Brandenburgo na companhia de uma colega italiana que se emocionou com a experiência de liberdade que viveu ali, onde já tinha experimentado outro ambiente.
Este ano voltei a Berlim e aquela cidade não pára de crescer e já no Verão eram imensas as iniciativas relacionadas com a comemoração dos 20 anos da queda do Muro. Exposições incríveis, ciclos de cinema, concertos, etc.
Hoje, na escola, divulguei a comemoração, visitando algumas turmas para explicar o significado do Muro e da sua queda, ilustrando com fotos de vários tempos. Os alunos, apesar da distância no tempo, estiveram interessados e colocaram imensas questões.
Adorei a iniciativa das peças de dominó, o facto de terem sido pintadas por crianças e empurradas pelo Lech Walesa, a presença do Gorbatchov e a simbologia do efeito das peças a cair.
Reaviva a memória de uns e desperta outros que nem eram nascidos nessa altura.
Resultou! Voltei a arrepiar-me.