sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Arquitetura em Maputo

(Não sou de todo entendida na matéria, apenas aprecio o que vejo.)
Ao circular de carro pelas ruas de Maputo deu para perceber como esta cidade foi bonita, grandiosa mesmo. Há edifícios completamente degradados e abandonados, palacetes autênticos com pormenores de uma beleza que se salienta do todo em ruínas. Há outros em uso mas sem a manutenção necessária para garantir o seu charme. Mesmo assim, ainda se encontram alguns conservados que nos fazem parar e merecem uns cliques fotográficos.
No outro dia vi um edifício que me chamou a atenção pelas características modernistas e depois, em conversa com quem vive cá há algum tempo, percebi que é uma das várias obras do arquiteto Pancho Guedes. Não o conhecia, pesquisei um pouco e vi como deixou marcas nesta cidade. Há alguns exemplares que o testemunham, mas não consegui encontrar alguns e sei que outros até foram demolidos.
Há marcas evidentes de modernismo aqui e ali, em alguns casos camufladas de degradação, escondidas por trás dos muitos carros estacionados e perdidas no meio de gradeamentos de janelas e varandas. 
Pormenores de Arte Nova vão alindando as vistas nas ruas esburacadas e empoeiradas, sejam pequenos painéis de azulejo, mosaicos que parecem pinturas nas paredes laterais dos prédios, os recortes das varandas, adornos geométricos... 
Deixo algumas imagens elucidativas

(De Pacho Guedes, em cima)






Painel em mosaico, de Gustavo de Vasconcellos (brasileiro) num prédio do arqº. Alberto Soeiro. Este foi mandado construir para instalar a TAP, em 1960 (ainda legível o painel publicitário - "A Linha Portuguesa") Mais tarde, juntou-se também o Banco Montepio de Moçambique, depois da independência foi nacionalizado e é onde funciona agora o Ministério dos Recursos Naturais.(em cima)


(De repente até parece uma enorme cidade europeia)

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