sábado, 19 de julho de 2008

Dublin

Parti de Cork às 7.30 e durante quase três horas, tive tempo para dormir, mas também para apreciar a paisagem: longos pastos, a perder de vista, que pareciam satisfazer o gado tranquilamente deitado acompanharam-me sempre até Dublin.
Esta é a imagem que tinha deste país, o verde dos seus símbolos, nomeadamente da bandeira e do trevo.

Dubh Linn
A cidade de Dublin foi fundada pelos Vikings que aqui deixaram património, designadamente o seu nome.
A cidade apresentou-se-me muito agitada (logo às 10am), com estradas cheias de carros e muita gente nos passeios e zonas pedestres.
Cheguei através de uma via ao longo do rio, onde pude admirar pontes muito variadas que atravessam o rio. Estilos diversos conduzem à outra margem: pontes em pedra (romanas) mais antigas, de ferro, mais recentes e até uma estilo Calatrava (primeiro pensei e depois confirmei, era mesmo!)
(Ha’penny, construída em 1816 é a mais bonita. – pormenor na foto)


A primeira paragem foi em Trinity College, universidade fundada por IsabelI, num antigo mosteiro. Aqui estudaram Oscar Wilde, Beckett, Swifft.
Tentei uma visita à biblioteca, mas não foi possível, tendo em conta que filas de espera eram incompatíveis com o meu tempo disponível.
Seguindo o passeio pela esquerda, passei pela imponente torre dos bombeiros, uma grande edifício com uma esquadra da Garda, pela estação de Pearse e pela casa de Oscar Wilde. Mais à frente a estátua do escritor (um must!).


Entretanto optámos por um hop on, hop off, pois ganharíamos tempo e teríamos a possibilidade de ver mais. O motorista/guia era muito simpático. Foi-nos guiando e apresentando a cidade com comentários engraçados e além disso cantava (e bem!).
Passei pelas catedrais principais: Christ Church Cathedral, St. Patrick’s; pela fábrica da Guinness e vários museus.
Faltava sentir a cidade... pé no chão e mapa na mão, lá fomos (uma espanhola, colega do curso e eu. Por sorte ela dá-se bem com os mapas...)

Grafton Street
Rua pedonal, cujos edifícios são essencialmente lojas. Há muita animação: arte urbana de rua e música. Gostei do ambiente, mas muita gente.

Temple Bar
Bairro cultural, um labirinto de pubs e restaurantes.
Aqui decorria um Food Market, por onde não passou a ASAE.
Provei queijo e azeitonas, para enganar as papilas gostativas, apreciei fruta, legumes e flores e conheci a pastelaria. Também estavam representados os alternativos: sushi, burritos, produtos biológicos...

Pubs
São os pubs que concorrem para a peculiaridade desta capital europeia. Em geral espaços acanhados, muito acolhedores, com paredes forradas de fotografias, cartazes emoldurados de bebidas. As mesas e os bancos, ou cadeiras em madeira robusta, assim como o balcão.
Não se fuma no seu interior!!! Mas parece-me que esta imposição não incomoda o tradicional convívio nestes espaços.


5 comentários:

Paulo disse...

Obrigado por partilhares a tua visita a Dublin.
Deu para sentir um bocadinho o ambiente e para ficar com muita vontade de visitar.
Tens de pensar em dedicar-te à promoção de viagens turisticas a locais que tu tornas "especiais" e apetecíveis com as tuas descrições.

Um bom Domingo e manda mais sinais.

Anónimo disse...

Nunca viajei em blogs mas arrisco. Não sei se o vais ler mas é só p dizer q estamos todos contigo nesta viagem tão bem comentada. Parabéns- zita.

mlucas disse...

Eu leio tudo com enorme curiosidade.

Anónimo disse...

pena n ter ido a Dublinia, um museu girissimo sobre a história de Dublin!
E a pousada onde eu fiquei era nas traseiras de St. Patrick :D se calhar até passou por lá ;)
uma curiosidade: sabe porque é que a Ha'penny bridge tem esse nome? antes de a ponte ser construída, havia barcos a transportar as pessoas de um lado para o outro mas como estavam em muito mau estado mandaram o dono dos barcos, ou reparar todos os barcos, ou construir uma ponte. Ele decidiu construir a ponte e penso que, para ganhar alguma coisa com isso, cobrava meio penny a cada pessoa que desejava atravessar o rio!
engraçado, n é?

Anónimo disse...

Uma Dublinner não fala melhor da sua cidade.
Já leste "Gente de Dublin" de James Joyce? Não consegui acabar...boring!
A minha filha Sofia regressou hoje a Bruxelas e como vai até aí em meados de Agosto, para os 70 anos do futuro sogro, quis levar o livro, para começar a entrar no espírito da cidade.