domingo, 20 de julho de 2008

Missa em St Francis

Para domingo tinha uma viagem muito aguardada que se iniciaria às 10h. Antes, ainda houve tempo para ir à missa naquela igreja tão especial onde entrei e aqui descrevi há poucos dias.
Assim que passei a enorme porta fiquei ligeiramente decepcionada: em 100 bancos (estavam numerados, não os contei, ok?)caberiam cerca de 900-1000 pessoas e não estavm mais que 100!!!! Média de idades? Nem eu, que era a mais jovem consegui baixá-la, era, certamente, superior a 55 anos!!! Ninguém sentado nas primeiras 7-8 filas... Enfim, não era o que esperava de uma Irlanda católica.
Tive alguma dificuldade em acompanhar a Eucaristia, (mau som e má dicção - a idade não perdoa...) mas o painel que descrevi lá estava e deixei-me encantar mais uma vez, agora com mais tempo: Jesus Cristo ao centro, de um lado os santos Franciscus, Bonaventura, Patrius e Ludovicus, do outro Antonius, Claras, Elizabeth e Finnbar.
No momento da comunhão segui as outras pessoas, não para o corredor central (ninguém se dirigiu para lá), mas para um dos laterais. A fila para a comunhão era horizontal e não vertical, o padre é que foi ter com cada um. À medida que os lugares iam vagando, quem vinha a seguir ocupava-os. Adivinhem onde fiquei. Mesmo no meio, o lugar privilegiado para admirar cada mosaico daquele maravilhoso painel de fundo.
A missa demorou menos de 40 minutos, o padre fez todas as leituras, incluindo o Salmo e não houve nem um cântico. Era Domingo!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Os Irlandeses católicos estão todos de férias no Algarve...

Anónimo disse...

Talvez não devamos extrapolar demasiado essa experiência dominical... Afinal de contas, em Lisboa podemos encontrar realidades semelhantes e, simultaneamente, igrejas cheias. Tudo depende de vários factores. No entanto, não me surpreende que a imagem geral da «Irlanda católica» seja decepcionante. Sabes, Marlene, quanto mais a catolicidade é usada como factor de afirmação cultural, política ou étnica, menos «católica» deixa de ser a comunidade em causa. Habituei-me demasiado a ouvir os rótulos de «protestante» e «católico» nas notícias, por ocasião de inflamados conflitos de rua. A partir daí, deixei de pensar na Irlanda em termos religiosos. Para mim, ser católico, protestante, ortodoxo ou membro de uma religião não-cristã é ser capaz de dialogar e construir a paz, apesar das divergências. Tudo o resto, é apenas show-off com máscara religiosa.

Rui S