domingo, 20 de julho de 2008

Killarney - Cill Airne

Altamente recomendada, a zona de Killarney era para mim prioridade. A pequena vila decorada com inúmeros vasos cheios de uma, já normal nestas paragens, mistura colorida de flores, denunciava elevado estilo de vida pelas casas invulgarmente luxuosas e muito bem cuidadas. Também maiores do que as que tenho visto. Os carros estacionados, topo de gama...
O autocarro levou-me ao Parque Natural.O que me esperava? Um castelo perdido no nada, ou melhor no tudo. Um cenário de cortar a respiração. Verde, verde, verde e mais verde sem fim...infinito...
Embarquei no Lilly of Killarney e mergulhei na paisagem inesquecível. Muito perto, escondida na folhagem, uma universidade. Sim!!! Do séc. VII, apenas uma ruína.
Embalada pela águas contemplei o que me envolvia: árvores de muitas variedades, umas mais altivas, outras de copa mais larga, com folhagem mais ou menos abundante teciam um denso tapete matizado de verdes viçosos, que enormes pedras debruavam junto à água.
A tranquilidade da paisagem fazia esquecer a civilização, não fosse o som do motor da embarcação, as cameras digitais e um telemóvel a tocar. Abstraí-me de tudo isso e pude escutar a água, um pássaro, as árvores e uma voz cá dentro a dizer: que lindo!


CURIOSIDADE
A rainha Victoria tinha planeada uma visita a este local. Era uma enorme honra e por isso uma família abastada fez questão de levar a cabo os preparativos necessários. Sua Majestade não faltou, acompanhada, como sempre, de uma enorme comitiva. Apenas ficou um dia. O suficiente para falir essa família, que se viu obrigada a vender os seus pertences a um americano endinheirado.

A viagem continuou, o rádio dizia: It's summertime in Ireland/Winterdays are over/ It's summertime in Ireland/ I'm glad to be here.... (Música tradicional da Irlanda).
Ao todo doze horas de viagem, que encatam os mais exigentes. Montanhas verdes a cercar o nosso caminho, até chegar ao oceano. Grandioso, mesmo!



Os irlandeses também vão à praia, o que me espanta. A temperatura não é convidativa, mas para quem não tem melhor por perto...

5 comentários:

Paulo disse...

Parabéns Marlene
Mais uma vez conseguiste surpreender-me com a tua descrição de Killarney e deixar-me cheio de vontade de fazer esse passeio.
Já agora, estavas muito bem na foto junto ao mar...

Rita disse...

Bem vinda ao maravilhoso mundo dos blogs!! Este teu post deixou-me muito nostálgica. Andei a passear por aí há precisamente 10 anos, no meu último inter rail. Ross Castle, certo??
Diverte-te muito e se puderes dá um saltinho a Galway.

Quando regressas?? Bj

Anónimo disse...

Ainda bem que Killarney continua a surpreender. Os seus "sinais" estão muito bem escritos. Até nem parece que estamos num "blog". O seu registo é literário e nunca deixa de ser natural, o que faz destes sinais um espaço de partilha muito agradável. Espero que não terminem na Irlanda. Por que não escrever um e-book? Acho que os vestígios da sua identidade e cultura deveriam e poderiam dar um bom livro. Isto não é um elogio, mas sim um incentivo e um sincero agradecimento por ter partilhado comigo estes "sinais".

Fátima Lucas disse...

"Por que não escrever um e-book? Acho que os vestígios da sua identidade e cultura deveriam e poderiam dar um bom livro. Isto não é um elogio, mas sim um incentivo e um sincero agradecimento por ter partilhado comigo estes "sinais"." (disse JR)

Concordo. Concordo. Concordo.
Já li Crónicas de Viagens, que não despertaram em mim as imensas e variadas sensações que tu me tens feito sentir...

Anónimo disse...

As tuas emoções, descrições e impressões transportam-me de novo à Irlanda...tenho que voltar.
O curso pode não servir para muito e não estar a corresponder às expectativas mas tudo o resto a lifetime experience, my dear
Isabel...wishing to join you